quinta-feira, 10 de maio de 2018

SUZANE VON HICHTHOFEN DEIXA CADEIA PARA O DIA DAS MÃES


No semiaberto e com bom comportamento, condenada pela morte dos pais tem direito a sair da prisão durante cinco períodos de sete dias por ano
Aqui, quando Suzane deixou a prisão pela última vez, em março deste ano.

Suzane von Richthofen deixou a penitenciária feminina de Tremembé (SP) nesta quinta-feira para o benefício da saída temporária do Dia das Mães. Em 2002, ela foi condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen, atuando junto com o então namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão mais velho deste, Cristian.

A saída é um benefício concedido até cinco vezes ao ano a detentos do regime semiaberto que possuem bom comportamento e podem ficar sem vigilância, no período limitado a até sete dias, mediante o registro de um endereço fixo de permanência fora do presídio.

A lei não proíbe que criminosos condenados pelo assassinato dos pais tenham direito ao benefício nas datas comemorativas dos dias dos pais e das mães.

Em abril, VEJA revelou que Suzane von Richthofen está a um passo de progredir para o regime aberto e só não está em liberdade por uma decisão pessoal: ela vem recusando sucessivamente se submeter a um exame psicológico determinado pela Justiça.

                                                    Teste

A sua defesa argumenta que Suzane tem direito à progressão por ter cumprido tempo suficiente de pena e por seu comportamento na prisão, não sendo obrigado a se submeter a quaisquer exames. Seu advogado, o defensor público Saulo Oliveira, afirmou que ela não deve ser “objeto de estudo” para passar por testes que não são comumente aplicados à população carcerária.
“A decisão de submetê-la (Suzane) a exames rigorosos ocorre porque ela cometeu crime grave, um duplo homicídio contra a própria família. É uma medida para proteger a sociedade”, justificou o promotor Paulo de Palma em seu parecer. Em 2014, a única vez em que ela se submeteu a esse procedimento, o teste de Rorschach, o laudo a descreveu como “manipuladora”, “dissimulada”, “narcisista” e “possuidora de agressividade camuflada”.